quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

24 km em seis horas e meia: a 'tranqueira' da trilha do malacara!








Na quarta-feira, 7 de janeiro, fizemos uma das trilhas mais pesadas da região: a do malacara. Para chegar ao malacara (que leva esse nome por causa do cavalo de mesmo nome, que alguns dizem conseguir ver sua face nas encostas do canion), é necessário percorrer uma trilha de 12 km. Fiz essa trilha em 2001, sozinho. E foi o máximo! Dessa vez, não podíamos ir sem a companhia de um guia credenciado da região. Fomos, então, até a agência de eco aventuras colina e marcamos o passeio com a companhia do guia Estéfano. Chegamos na agência às 9h, meia hora atrasados, por causa de um, digamos, 'contratempo sanitário'. Mas o Estéfano, super gente boa, não esquentou.
Começamos a trilha às 10h. Deixamos o TR4 no estacionamento do canion fortaleza e partimos em direção ao nosso primeiro ponto de parada: o canion do leão. De lá, seguimos para o canion do corujão, que leva esse nome por ter sido lar de corujas de uma espécie muito grande que não existe mais.

Caminhamos pela borda dos aparados da serra até chegar ao canion do churriado. Ele leva esse nome por causa dos seus sulcos nas suas encostas, que lembram o churril, uma espécie de corrimento que sai do intestino dos bezerros, após eles receberem um medicamento que causa diarréia. Na linguagem campeira, diz que o bezerro está 'churriado' quando esse corrimento desce pelas suas pernas e patas.

O canion do churriado tem uma belíssima vista para cidades como praia grande (SC) e torres (RS). Vale a pena conhecê-lo!

Já estávamos exaustos quando chegamos ao canion malacara, depois de quase quatro horas de caminhada, subindo e descendo os seus campos esverdeados. Além disso, toda a região dos canions tem formações de mata nebulosa, que recebe esse nome por causa da neblinas ou névoas que caem sobre a região. Lá no malacara, pudemos apreciar a sua bela vista e a esplêndida cachoeira que cai no canion, formando um rio lá embaixo.

Fizemos a trilha de volta em duas horas e meia, todos nós muito cansados: Priscila, com dor de cabeça; Leo, com dores nos joelhos; e Dudu, reclamão como sempre, parecia com um certo personagem do filme Shreck: "falta muito pra chegar ao carro?", perguntava ele toda hora para o guia Estéfano, que gentilmente levava sempre na esportiva. Mas verdade seja dita! Ir até o malacara não é para qualquer um! É uma trilha que exige muita disposição física e mental e bastante vontade de admirar as belezas naturais dos canions da região de Cambará do Sul. E nós conseguimos!

À noite, fomos comer algo no centro da cidade. Dessa vez, escolhemos a pizzaria sabor da terra, até porque ainda não havíamos comido esse quitute saboroso nessa viagem. Para nossa surpresa, ao entrarmos na pizzaria, demos de cara com o Estéfano atacando de garçom! O cara é mesmo multimídia, pois depois da nossa caminhada de quase sete horas ele ainda foi levar um grupo de bike até a cachoeira do venâncio, e, às dez da noite, lá estava ele correndo de um lado para outro anotando e trazendo os pedidos dos clientes-turistas. E o cara ainda por cima é Colorado! Tri-legal, tchê!

Na quinta-feira, 8 de janeiro, quinta-feira, vamos para Canela, cidade gostosa pertinho daqui, a 108 km de distância. Estive lá também em 2001 e, por coincidência, também depois de sair de Cambará do Sul. Não sei se Priscila, Leo e Dudu vão querer conhecer o canion do itaimbezinho antes de irmos para Canela, pois todos estamos muito cansados da tranqueira da trilha do malacara...

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