Hoje acordamos com a energia de ir até o templo budista tibetado Khadro Ling. Após nossa última noite na região (fomos jantar em Gramado e aproveitamos para tirar umas fotos da cidade, que ainda está com todos os enfeites do Natal), queríamos visitar e conhecer o templo budista da escola vajraiana - linhagem nyingma (levada pelo Guru Rinponche para o Tibete no século V).
Localizado na cidade de Três Coroas (cerca de 22 km de Canela), o templo é a sede do Chagdud Gonpa do Brasil, fundado em 1999 por S.Ema Chagdud Tulku Rinponche - ele, uma encarnação (tulku) de um dos vinte e cinco principais discípulos de Padmasambava, como também o Guru Rinponche é conhecido -, que deixou esta encarnação em 2002. atualmente, Chagdud Khadro, ex-mulher de Chagdud Tulku Rinponche, é a diretora Espiritual do Chagdud Gonpa Brasil.
Em 1991, S. Ema. Chagdud Tulku Rinpoche visitou o Brasil pela primeira vez. Em 1994, foi convidado para vir ao Rio Grande do Sul. Encantado com a beleza da serra gaúcha e com o interesse dos praticantes pelo budismo, Rinpoche procurou terrenos na região para estabelecer um centro. O templo principal foi finalizado começou a ser construído em 1997 e foi finalizado em 1999. Visitamos o templo - de cor ocre - e pudemos admirar a beleza das imagens dos representadas em estátuas e em pinturas magníficas.
Depois fomos até o segundo templo, a Terra Pura de Padmasambava, idealizado por Rinpoche. A construção começou em 2003. Artistas e lamas do Nepal e Butão vieram morar no Khadro Ling para decorar e abençoar o prédio. Após sua consagração, será aberto à visitação pública.
Depois fomos até o segundo templo, a Terra Pura de Padmasambava, idealizado por Rinpoche. A construção começou em 2003. Artistas e lamas do Nepal e Butão vieram morar no Khadro Ling para decorar e abençoar o prédio. Após sua consagração, será aberto à visitação pública.
Fiquei impressionado com a força espiritual do Khadro Ling, principalmente do olhar de Padmasambava e do poder da Tara Vermelha - que foi uma princesa, chamada Yeshe Dawa (Lua de Sabedoria), considerada a representação feminina de Buda.
Já passava das quatro horas das tarde quando voltamos a Canela para comer algo. Escolhemos o Empório Canela, um charmoso bistrô, onde você deliciar um super sanduba ou uma massa caseira, beber um vinho da região e também ler revistas e livros invocados sobre todo o tipo de assunto. E o mais legal é que ele está pertinho da catedral de pedra, onde também está localizada a Mãos do Mundo, nossa próxima parada.
Compramos algumas peças de decoração - poucas mesmo, até porque o carro está cheio! - e depois ficamos conversando com o Rafael, o dono da loja. Nos conhecemos em 2001, quando estive em Canela pela primeira vez. Lembrei a ele que naquela vez tiramos uma foto juntos - eu, ele, sua esposa e sua filha, na época com apenas um ano - e prometi que mandaria a foto assim que chegasse no Rio. Rafael ficou surpreso com a lembrança, mas agradecido pelo fato de eu ter voltado à sua loja e falado sobre a foto. É um cara legal, que faz aquilo que gosta: viajar pelo mundo e viver cercado de peças e objetos sagrados para vários povos do planeta. Ainda bem que podemos ter um pouquinho dessas lembranças na nossa casa. E por falar em casa, Rafael nos falou que está com uma nova loja em Canela, a Gazebo, especializada em móveis. E vem dos mesmos países que ele visita para trazer as peças para a Mãos do Mundo. Haja grana...
Depois da Mãos do Mundo, fomos até a fábrica de chocolate Caracol, em Gramado. Aproveitamos para conhecer uma montagem sobre a origem do chocolate (tchocolatl, na língua dos maias, povo que viveu na região onde hoje é o México) e comprar algumas dessas deliciosas guloseimas.
Amanhã vamos deixar Canela, mas prometendo voltar à cidade mais charmosa da serra gaúcha, junto com Gramado, a sua co-irmã. Bye, bye Canela-Gramado. Próxima parada: Bento Gonçalves.
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