quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

De volta ao canion fortaleza e a 'carpa de 50 quilos' no rio camisas















Na terça-feira, 6 de janeiro, saímos para o nosso primeiro passeio: o canion fortaleza. São 22 km de estrada de terra batida até a entrada do canion. Mas vale a pena! O fortaleza é o cartão postal de Cambará do Sul e já serviu de locação para novelas e miniséries televisivas.


À tarde, fomos fazer um passeio de bote pelo rio camisas, um dos principais da região. É um rio de águas escuras (por causa de muito material orgânico), mas totalmente sem poluição. É refúgio para várias espécies de fauna e flora, como chapéu de couro, martim pescador e traíra. O rio é protegido por uma mata ciliar por todo o seu trajeto. No caso do passeio, fizemos apenas um trajeto de 4 km. Foi um passeio bem relaxante, onde pudemos dar um mergulho e ouvir as estórias divertidas do guia Josemar, como a "carpa de 50 quilos" que habita o rio. Entrei na brincadeira e disse que, ao pesquisar na internet, soube que essa tal carpa, em noites de lua cheia, pode ser vista à margem do rio saboreando um delicioso chimarrão enquanto espera um bote cheio de turistas para derrubar e se divertir com o pânico dos forasteiros...
À noite, Roberto nos convidou para um jantar na fazenda, que seria oferecido para confraternização de moradores, políticos locais, pessoal da Fepam (fundação de meio ambiente do RS, que estava na cidade para participar de uma audiência pública sobre asfaltamento de estrada localizada em área de proteção ambiental) e com o prefeito reeleito de Cambará do Sul. Assim que chegamos à fazenda, logo formamos uma roda animada de bate-papo. Os funcionários da Fecam, moradores locais e nós cariocas. Quando comecei a falar da evolução de Cambará, uma das funcionárias da Fepam chamou um jovem para a nossa roda. Comecei a dizer para ele como estava satisfeito de voltar à Cambará do Sul oito anos depois e constatar que a cidade havia crescido em termos de estrutura para atendimento aos turistas. Rapidamente o jovem de Cambará animou-se com a minha constatação e ficamos ali batendo um bom papo como se fôssemos velhos conhecidos. De repente, o Roberto nos convida para a mesa e se dirige ao jovem: "Vamos, prefeito?" Carái! Era Aurélio Lima, o prefeito de Cambará!

Assim que o churrasco começou a ser servido, Roberto veio logo com um espeto de carne gaúcha na nossa mesa. Quando ele me ofereceu a carne e eu gentilmente recusei, ele respondeu com um misto de espanto e incredulidade: "Bah, tu não vais experimentar a carne gaúcha, tchê?" Mas quando disse a ele que era vegetariano ele logo que não era desfeita. "Esse carioca vegetariano..." A mesma coisa aconteceu com o prefeito: "Carioca, qual é a carne mais saborosa: a gaúcha ou a carioca?" Quando respondi para ele que era vegetariano, ele achou estranho, mas logo logo viu que era não era desfeita. Mas foi uma noite muito agradável e declaramos ao Roberto o quanto estávamos honrados em termos sido convidados para participar de um jantar com a participação de moradores, políticos e funcionários da área ambiental gaúcha.

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