Quando chegamos na divisa de SC com RS ficamos frente a frente com uma ponte caída. Sim, ela estava caída sobre o rio pelotas, mas uma ar
mação de ferro assentada sobre as bases de concreto da ponte parecia dar condições de passagem para veículos. Assim que viu o estado da ponte, a Priscila tremeu na base e ficou insegura quanto às condições da ponte de sustentar o TR4 sem cair no rio, cujo nível estava apenas alguns centímetros abaixo da armação de ferro. Resolvemos arriscar e... o carro passou sem problemas!
Os intermináveis 120 km de terra e pedras nos fizeram andar a uma velocidade de 40 km a 80 km por hora no máximo. A estrada está muito ruinzinha mesmo. E olha que entre Urubici e Cambará do Sul existem duas cidades médias: São Joaquim, em SC, em São José dos Ausentes, no RS.
Chegamos em Cambará do Sul às seis horas da tarde! Ufa! Foram cinco horas intermináveis viajando em estradas de terra batida cheia de pedras que sempre podem danificar qualquer tipo de carro, mesmo os com tração 4x
4. O nome da cidade vem da língua tupi-guarani, que identifica uma árvore abundante na região com propriedades medicinais.
Voltar à Cambará do Sul após oito anos foi uma bela surpresa! A cidade cresceu e está evoluindo em termos de infra-estrutura. Já conta com muito mais pousadas - algumas até de luxo, como a Eco Pousada Parador da Montanha -, chalés - como a Estalagem da Colina - e uma boa gama de restaurantes, lancherias (as nossas lanchonetes), padarias, ciber cafés, fazendas, padarias, farmácias, bancos, postos de combustíveis...
Em 2001, fiquei hospedado na pousada pôr do sol. Na época, o dono da pousada, o Rogério, estava começando a montá-la, mas fiquei
numa suíte independente da área de quartos. Foi uma boa estadia, uma vez que o Rogério deu uma de cicerone e me mostrou todo o centro da cidade, me levou a pontos turísticos famosos, como o canion fortaleza e a cachoeira do venâncio e até me levou para um passeio no seu caminhão! 
Dessa vez, não ficamos na pôr do sol. Preferimos a pousada Corucacas (nome de uma ave com um bico pontiagudo em forma de meio arco que habita o local e solta um grito estridente), localizada numa área pertinho do centro, na fazenda baio ruano. É um local belíssimo! Uma aprazível área verde, cercada por dois lagos, com cavalos soltos, criação de carpas e uma floresta muito especial, mágica, mística...
O Roberto e a Beatriz, os donos da pousada, são gaúchos da melhor qualidade! Logo que chegamos, eles já nos deixaram muito à vontade e foram nos dando dicas sobre os locais de visitação e de alimentação. Uma delas, foi o restaurante O Casarão, uma bela casa italiana, localizada no centro, que oferece, além das tradicionais e deliciosas massas da mama, variedades de saladas orgânicas, polentas, queijos a milanesa, e ainda degustar um saboroso vinho da casa. Tudo isso sob os cuidados do próprio dono do restaurante, Ademir, que lhe atende pessoalmente. Ah, e você ainda pode treinar seu italiano! Grazie!
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