quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Desbravando Urubici, parte 1: o Guardião do Futuro






No sábado, dia 3, tomamos café e saímos para desbravar a região. A chuva, para variar, caía em toda a serra catarinense (e, parece, em toda SC), mas não desanimamos. Escolhemos a cachoeira do avencal como primeira parada, pois está localizada próxima à SC 282 e tem uma queda lindíssima.
Mas a chuva que caía torrencialmente não nos deixou nem sair do TR4. Resolvemos ir até o local onde estão as inscrições rupestres. Elas estão bem ao lado da SC 282, num local de fácil acesso e bem sinalizado. Filmamos e tiramos algumas fotos das inscrições, em especial de uma que já tínhamos visto no site da cidade: o guardião do futuro, uma 'máscara' que lembra a face de um primata, mais precisamente um babuíno.

Saímos dali e fomos direto para a agência de informações turísticas da cidade, localizada no centro. Fomos recebidos pelo Iran, um guia local, que nos deu uma aula sobre a cidade e os seus atrativos naturais e arqueológicos. Ele nos falou não apenas do guardião do futuro (feita por ancestrais que viveram na região há mais de 4 mil anos), como também da origem do nome Urubici ('uru', pássaro - provavelmente o corvo branco, animal raríssimo que habita a região; 'bici', nome de um índio) e da serra do corvo branco, que, além de ser o lar do tal pássaro alvo, é um dos lugares mais bonitos que já passamos. A serra é cortada por uma rodovia que liga Urubici ao município vizinho de Grão Pará. Só que numa ínfima área asfaltada, imprensada entre um maciço rochoso e um precipício, que mal dá para passar dois automóveis lado a lado. Além disso, a serra do corvo branco teve literalmente sua rocha cortada pela mão do homem na década de 1970 para a rodovia ser construída.

Pegamos o TR4 e fomos direto para a serra do corvo branco, distante uns 30 km do centro de Urubici. Chovia bastante e ventava muito quando chegamos à serra. É um local impressionante, tanto pela construção da rodovia quanto pela beleza do lugar. Mas é preciso ter muito cuidado para trafegar nela: vá bem devagar e certifique-se se os freios estão funcionando. Tiramos algumas fotos, filmamos e aproveitamos para testar o 4x4 do TR4.

Da serra do corvo branco, partimos para conhecer o morro da igreja. Mas a chuva e o vento forte não nos deixou ver nada... Resolvemos ir até a cachoeira véu da noiva, e aproveitamos para 'almoçar' uns pastéis, entre eles, o de pinhão: uma delícia! Conhecemos também a gruta nossa senhora de lourdes (um rochedo por onde desce uma cascatinha, que era um cemitério indígena) e voltamos à cachoeira do avencal para, já sem uma chuva tão intensa, poder apreciar o visual da sua queda, tirar fotos e filmar.

Depois fomos até a cachoeira do avencal ver aquele visual fascinante!

Domingo prentendemos fazer a trilha da cachoeira do avencal, por baixo. Pelo que pudemos saber, é uma trilha em mata fechada e tomada por pedras em um leito seco que leva até o lago que forma a queda da cachoeira. Depois, vamos voltar ao morro da igreja e, com sorte, avistar outro cartão postal de Urubici: a pedra furada. Ah, e se der tempo lavar o TR4, que tá todo sujo fruto de seu primeiro batismo no meio do mato, da terra e do barro.

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